É uma campanha nacional de conscientização voltada a duas causas fundamentais: 1. A inclusão social das pessoas com deficiência (PCD); 2. A importância da doação de órgãos e tecidos.

A cor verde simboliza vida, empatia e esperança, representando o compromisso da sociedade com a igualdade, o respeito à diversidade e o ato solidário de salvar vidas.

Durante todo o mês, instituições públicas, privadas e organizações sociais unem esforços para promover ações educativas, debates e campanhas que incentivam o olhar inclusivo e a cultura da doação.


Como surgiu o movimento

O Setembro Verde tem origens em duas importantes datas comemorativas:

  • 21 de setembro: celebra-se o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, instituído pela Lei nº 11.133/2005, com o objetivo de promover a inclusão, acessibilidade e igualdade de oportunidades;
  • 27 de setembro: marca o Dia Nacional da Doação de Órgãos, criado para estimular o diálogo sobre o tema e aumentar o número de doadores voluntários no país.

A união dessas datas deu origem ao Setembro Verde, uma campanha que busca sensibilizar a sociedade sobre a importância de respeitar a diversidade e valorizar a vida em todas as suas formas.


Inclusão e acessibilidade: respeitar é incluir

A inclusão das pessoas com deficiência vai muito além da acessibilidade física, é também sobre pertencimento, reconhecimento e oportunidades iguais.

A campanha incentiva empresas, escolas e instituições a:

  • Promover ambientes acessíveis e acolhedores;
  • Estimular a inclusão no mercado de trabalho;
  • Garantir o acesso à educação e à tecnologia assistiva;
  • Combater o preconceito e as barreiras sociais.

Incluir é enxergar as potencialidades e não as limitações.


Doação de órgãos: um gesto que salva vidas

A segunda frente da campanha tem como foco a doação de órgãos e tecidos, um ato de amor que pode transformar a vida de milhares de pessoas que aguardam por um transplante.

No Brasil, a doação só ocorre com o consentimento da família, por isso é fundamental comunicar essa vontade.

De acordo com o Ministério da Saúde, um único doador pode salvar até oito vidas e beneficiar mais de 20 pessoas.

Órgãos e tecidos que podem ser doados:

  • Coração, pulmões, fígado, rins e pâncreas;
  • Córneas, medula óssea, pele e ossos.


Sinais de alerta: quando procurar um médico

Muitas doenças que levam à necessidade de transplante podem ser detectadas precocemente com acompanhamento médico e exames regulares.

Fique atento a sinais como:

  • Dores persistentes sem causa aparente;
  • Fadiga ou cansaço excessivo;
  • Alterações na urina, visão ou respiração;
  • Amarelamento da pele ou olhos;
  • Inchaços, perda de apetite ou peso inexplicável.

A prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais para preservar a função dos órgãos e evitar complicações graves.


Exames para diagnóstico precoce

A rotina médica preventiva é um dos pilares da campanha, pois ajuda a identificar doenças antes que causem danos irreversíveis.

Os exames variam conforme o histórico e a idade, mas incluem:

  • Check-up anual com exames laboratoriais completos;
  • Avaliação cardiovascular e renal;
  • Exames de fígado e função pulmonar;
  • Exames oftalmológicos e neurológicos;
  • Acompanhamento com especialistas, conforme necessidade.

O cuidado contínuo com a saúde é também um ato de amor com a própria vida e com aqueles que poderão ser ajudados no futuro.


O que o paciente e os familiares podem fazer

O paciente pode:

  • Manter o acompanhamento médico e os exames em dia;
  • Adotar hábitos de vida saudáveis;
  • Expressar claramente o desejo de ser doador;
  • Procurar apoio emocional e psicológico quando necessário.

A família pode:

  • Apoiar a pessoa com deficiência, valorizando sua autonomia;
  • Conversar abertamente sobre a doação de órgãos;
  • Respeitar e comunicar a vontade do doador aos profissionais de saúde;
  • Participar de campanhas e projetos inclusivos.

A empatia é a ponte entre a consciência e a ação.


Por que é importante falar sobre o tema

O Setembro Verde nos convida a refletir sobre duas dimensões do cuidado humano:

  1. A inclusão, que garante o direito de todos participarem da sociedade em igualdade de condições;
  2. A doação de órgãos, que simboliza a generosidade e a continuidade da vida.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui uma das maiores redes públicas de transplantes do mundo, mas ainda há milhares de pessoas na fila de espera.

Ao mesmo tempo, a luta por acessibilidade e inclusão continua sendo uma pauta urgente para milhões de brasileiros.

Falar sobre esses temas é promover empatia, cidadania e solidariedade.


Como apoiar o movimento

Todos podem contribuir com o Setembro Verde, seja individualmente, nas empresas ou nas comunidades:

  • Promova ações educativas sobre inclusão e acessibilidade;
  • Converse com a família sobre a importância da doação de órgãos;
  • Apoie instituições que acolhem pessoas com deficiência;
  • Compartilhe informações seguras sobre o tema nas redes sociais;
  • Use o laço verde como símbolo de apoio e conscientização.


Pequenos gestos de empatia e solidariedade podem transformar vidas.