É uma campanha nacional criada para estimular a doação voluntária de sangue e conscientizar a população sobre a importância desse ato solidário.

O mês foi escolhido por coincidir com o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem a todos os doadores que ajudam a salvar vidas.

A cor vermelha simboliza vida, amor e solidariedade, e o movimento reforça que uma única doação pode salvar até quatro pessoas.


Como surgiu o movimento

O Junho Vermelho nasceu em 2015, através de uma iniciativa de voluntários e organizações ligadas à saúde e hemocentros em todo o país, com o apoio do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O objetivo foi criar uma corrente de solidariedade para aumentar o número de doadores, especialmente durante o inverno, quando os estoques de sangue costumam cair devido às doenças sazonais e à menor procura pelos hemocentros.

Hoje, o movimento faz parte do calendário oficial de campanhas de saúde no Brasil e se espalhou por escolas, empresas, prefeituras e hospitais, com ações de incentivo e mobilização social.


Sinais de alerta: quando procurar um médico

Embora o Junho Vermelho seja uma campanha voltada à doação, ele também traz à tona a importância de cuidar da própria saúde. Quem pretende doar precisa estar saudável, e alguns sintomas podem indicar que algo não vai bem no organismo.

Procure um médico se apresentar:

  • Cansaço excessivo e sem causa aparente;
  • Tonturas frequentes;
  • Palidez extrema ou desmaios;
  • Febre persistente;
  • Perda de peso inexplicável;
  • Infecções recorrentes;
  • Alterações de pressão arterial.

Esses sinais podem indicar anemia, carências nutricionais ou condições que precisam de acompanhamento médico.

Cuidar de si é também uma forma de cuidar do outro.


Exames e cuidados antes de doar sangue

Antes da doação, todos os voluntários passam por uma avaliação clínica e laboratorial para garantir a segurança de quem doa e de quem recebe.

Principais etapas:

  1. Cadastro e triagem clínica: questionário sobre saúde, medicamentos e hábitos;
  2. Teste de anemia e verificação da pressão arterial;
  3. Coleta de sangue para exames sorológicos, que detectam doenças transmissíveis;
  4. Doação segura, com material estéril e descartável.

Após a doação, o sangue é separado em componentes (plasma, plaquetas e hemácias), podendo beneficiar até quatro pessoas diferentes.

É importante manter uma boa alimentação, hidratação adequada e evitar o consumo de álcool e cigarro antes e depois da doação.


Por que é importante falar sobre o tema

No Brasil, apenas 1,8% da população é doadora de sangue, segundo o Ministério da Saúde, embora a Organização Mundial da Saúde recomende que o índice mínimo seja de 3%.

A doação é um ato simples, seguro e rápido, que pode fazer a diferença em emergências, cirurgias, tratamentos oncológicos e anemias graves. O Junho Vermelho busca mudar essa realidade, mostrando que doar sangue é um gesto de cidadania e empatia.