É uma campanha de conscientização voltada para três doenças crônicas e que ainda não têm cura: Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia.

O movimento tem como principal objetivo estimular o diagnóstico precoce, o acompanhamento médico e o apoio emocional aos pacientes e seus familiares.

A cor roxa simboliza a solidariedade, a empatia e a esperança, reforçando a importância do cuidado, da escuta e da informação na jornada de quem convive com essas doenças.

A campanha é um reforço de que o cuidado vai além da cura. É sobre acolher, compreender e respeitar quem enfrenta desafios diários com coragem e esperança.


Como surgiu o movimento

O Fevereiro Roxo teve início em 2014, na cidade de Uberlândia (MG), e rapidamente ganhou repercussão nacional. Inspirado em campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, o movimento surgiu com o lema: “Se não houver cura, que haja conforto.”

Desde então, a campanha busca conscientizar a população sobre a importância de reconhecer os sintomas, realizar o diagnóstico precoce e promover uma melhor qualidade de vida aos pacientes.


Sinais de alerta: quando procurar um médico As três doenças têm sintomas distintos, mas todas exigem atenção aos sinais iniciais.

Confira abaixo os principais alertas:

Alzheimer

  • Esquecimento frequente de fatos recentes;
  • Dificuldade para se orientar em locais conhecidos;
  • Troca de palavras e dificuldade de comunicação;
  • Mudanças de humor e comportamento;
  • Dificuldade em realizar tarefas simples.

Procure um neurologista ou geriatra diante desses sinais, o diagnóstico precoce ajuda a retardar a progressão da doença.

Lúpus

  • Cansaço excessivo;
  • Dores articulares e musculares;
  • Lesões ou manchas na pele (principalmente no rosto);
  • Queda de cabelo;
  • Sensibilidade à luz solar;
  • Febre sem causa aparente.

Procure um reumatologista para exames e acompanhamento, pois o tratamento adequado controla os sintomas e melhora a qualidade de vida.

Fibromialgia

  • Dores musculares difusas por mais de três meses;
  • Fadiga intensa e sono não reparador;
  • Dificuldade de concentração (“névoa mental”);
  • Ansiedade, irritabilidade e alterações de humor.

O diagnóstico é clínico, feito por um reumatologista ou clínico geral, com base nos sintomas relatados e na exclusão de outras doenças.


Exames para o diagnóstico precoce

Embora algumas dessas doenças não tenham exames específicos, a avaliação médica completa é essencial para o diagnóstico.

Principais exames e avaliações:

  • Neurológicos e de imagem (para Alzheimer);
  • Sorológicos e imunológicos (para Lúpus);
  • Exclusão de causas secundárias (para Fibromialgia).

O diagnóstico precoce é o primeiro passo para controlar os sintomas, retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida.


O que o paciente e os familiares podem fazer

O apoio familiar e social é essencial para o tratamento e o bem-estar emocional.

O paciente pode:

  • Manter acompanhamento médico contínuo;
  • Seguir corretamente o tratamento e a medicação;
  • Praticar atividades físicas leves, conforme orientação médica;
  • Buscar apoio psicológico e grupos de convivência;
  • Evitar automedicação e o isolamento social.

A família pode:

  • Oferecer empatia, paciência e escuta ativa;
  • Ajudar na rotina de medicamentos e consultas;
  • Promover um ambiente acolhedor e livre de julgamentos;
  • Participar de grupos de apoio e aprendizado sobre a doença.

Cuidar é um ato de amor e respeito.


Por que é importante falar sobre isso

As doenças crônicas como Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia ainda enfrentam desinformação e preconceito.

Falar sobre o tema é fundamental para combater o estigma, promover empatia e incentivar o diagnóstico precoce.

De acordo com o Ministério da Saúde:

  • O Alzheimer afeta mais de 1,2 milhão de brasileiros;
  • O Lúpus atinge 90% de mulheres em idade fértil;
  • A Fibromialgia é uma das principais causas de dor crônica no mundo.

Informação e empatia salvam vidas e fortalecem famílias.


Como apoiar o movimento

Todos podem contribuir para ampliar o alcance do Fevereiro Roxo:

  • Compartilhe informações corretas sobre as doenças;
  • Use roupas ou o laço roxo como símbolo de apoio;
  • Participe de campanhas e palestras educativas;
  • Promova o diálogo sobre o tema em empresas e comunidades;
  • Apoie instituições e ONGs que acolhem pacientes e familiares.

Pequenos gestos de empatia geram grandes transformações.


A vida merece ser vivida com dignidade, conforto e amor.