É uma campanha nacional criada para conscientizar a sociedade sobre o enfrentamento à violência contra a mulher.

Durante todo o mês, ações educativas e informativas buscam orientar, acolher e incentivar a denúncia de casos de agressão física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.

A cor lilás foi escolhida por simbolizar dignidade, respeito e o empoderamento feminino.


Como surgiu o movimento

O Agosto Lilás foi instituído oficialmente no Brasil pela Lei nº 14.448/2022, reforçando as diretrizes da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), considerada uma das legislações mais avançadas do mundo no combate à violência doméstica.

A campanha teve início em 2016, no Mato Grosso do Sul, e rapidamente ganhou abrangência nacional. Seu principal objetivo é dar visibilidade ao tema, quebrar o silêncio e incentivar mulheres a buscarem ajuda.


Sinais de alerta: quando procurar ajuda

A violência contra a mulher pode se manifestar de diversas formas, nem sempre visíveis. Reconhecer os sinais é o primeiro passo para romper o ciclo de agressão.

  • Violência física: Agressões, empurrões, tapas, socos ou qualquer ato que cause danos ao corpo.
  • Violência psicológica: Humilhações, ameaças, controle, isolamento, chantagens e destruição da autoestima.
  • Violência sexual: Forçar relações ou práticas sem consentimento.
  • Violência patrimonial: Controle de dinheiro, destruição de bens ou documentos.
  • Violência moral: Ofensas, calúnias, difamação e desrespeito à imagem da mulher.

Se você ou alguém próximo apresenta medo constante, ansiedade, isolamento social ou ferimentos sem explicação, procure apoio médico e psicológico.

Esses sinais podem indicar sofrimento emocional ou físico decorrente de violência.


Exames e acompanhamento

Embora a violência não seja considerada uma doença no sentido tradicional, seus aspectos se assemelham a uma enfermidade, como comportamento que se manifesta de formas variadas e que pode ser influenciado por fatores neurológicos, psicológicos e sociais, com consequências que podem afetar profundamente a saúde física e mental da vítima. Por isso, a avaliação médica e psicológica é fundamental.

Os profissionais de saúde realizam:

  • Exames físicos e clínicos para detectar lesões;
  • Encaminhamento para atendimento psicológico e psiquiátrico;
  • Acompanhamento social e jurídico, quando necessário.

O diagnóstico precoce das sequelas emocionais como depressão, ansiedade ou estresse pós-traumático, é essencial para um tratamento mais eficaz e para a reconstrução da autoestima e da segurança.


O que a mulher e os familiares podem fazer

A mulher vítima de violência nunca está sozinha. Existem caminhos de acolhimento e apoio disponíveis:

A mulher pode:

  • Procurar ajuda em hospitais, postos de saúde ou delegacias;
  • Registrar ocorrência na Delegacia da Mulher (DEAM);
  • Ligar para o 180 (Central de Atendimento à Mulher, 24h e gratuito);
  • Buscar apoio psicológico ou jurídico gratuito em sua cidade.

Os familiares e amigos podem:

  • Ouvir com empatia e sem julgamentos;
  • Evitar pressionar a vítima, respeitando seu tempo;
  • Oferecer ajuda prática (como abrigo ou transporte);
  • Incentivar a denúncia e o acompanhamento com profissionais da saúde e psicólogos.

Acolher é proteger. A escuta sensível e o apoio emocional podem salvar vidas.


Por que é importante falar sobre isso

A cada hora, cerca de 30 mulheres sofrem algum tipo de violência no Brasil, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Muitas não denunciam por medo, vergonha ou dependência emocional e financeira.

Falar sobre o tema é romper o silêncio e o ciclo de violência.

A conscientização salva vidas, fortalece a autoestima das vítimas e estimula políticas públicas de proteção.


Como apoiar o movimento

Você pode fazer parte da mudança:

  • Promova conversas abertas sobre o tema no trabalho, escola e família;
  • Apoie campanhas e eventos de conscientização;
  • Compartilhe informações corretas sobre os canais de denúncia;
  • Incentive o respeito e a igualdade de gênero;
  • Use o laço lilás e mostre seu apoio à causa.


Fazendo denúncias:

  • Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher;
  • Ligue 190 – Emergência policial;
  • Aplicativos e canais de denúncia estaduais e municipais.

O Agosto Lilás é um convite à reflexão, empatia e ação.


Diga não à violência. Apoie, acolha e denuncie. A sua atitude pode salvar uma vida.