É o mês dedicado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A campanha busca promover a inclusão, o respeito e a compreensão sobre as pessoas autistas, além de combater o preconceito e a desinformação.

A cor azul foi escolhida por representar a serenidade, a calma e a compreensão, sentimentos fundamentais para acolher, compreender e conviver com a diversidade humana.


O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

É uma condição neurológica e do desenvolvimento que afeta a maneira como a pessoa se comunica, interage socialmente e percebe o mundo ao seu redor.

Ele é chamado de “espectro” porque se manifesta de diferentes formas e intensidades, onde cada pessoa autista é única.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo atinge cerca de 1 a cada 100 pessoas no mundo, podendo ser identificado ainda na infância.


Como surgiu o movimento Abril Azul

Foi criada pela ONU em 2007, quando o dia 2 de abril foi instituído como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Desde então, monumentos, prédios públicos e cidades em todo o mundo são iluminados de azul, simbolizando o compromisso global com a inclusão e o respeito à neurodiversidade.

No Brasil, o movimento foi incorporado ao calendário nacional de campanhas educativas, unindo famílias, profissionais e instituições na luta por mais informação, diagnóstico precoce e acesso a terapias adequadas.


Sinais de alerta: quando procurar um médico

Identificar precocemente os sinais do autismo faz toda a diferença no desenvolvimento da criança.

Os sintomas podem aparecer nos primeiros anos de vida, geralmente antes dos três anos de idade.

Alguns sinais de alerta incluem:

  • Pouco contato visual ou ausência de resposta ao nome;
  • Dificuldade em interagir com outras pessoas;
  • Atraso ou ausência da fala;
  • Repetição de gestos ou comportamentos;
  • Interesse restrito em determinados objetos ou atividades;
  • Reações intensas a sons, luzes ou texturas;
  • Resistência a mudanças de rotina.

Se você observar alguns desses comportamentos, procure um pediatra, neurologista infantil ou psiquiatra infantil.

O diagnóstico e o acompanhamento precoces são essenciais para o desenvolvimento da criança.


Exames e diagnóstico precoce

O diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é clínico, baseado na observação do comportamento e histórico de desenvolvimento da criança.

Entretanto, podem ser realizados testes complementares e avaliações multidisciplinares com:

  • Pediatra e neurologista infantil – avaliação médica inicial;
  • Psicólogo e fonoaudiólogo – análise da comunicação e interação social;
  • Terapeuta ocupacional – avaliação das habilidades motoras e sensoriais;
  • Psicopedagogo – acompanhamento escolar e cognitivo.

Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maiores são as chances de desenvolvimento das habilidades sociais, cognitivas e de comunicação.


O que a família pode fazer ?

O papel da família é fundamental na inclusão e no desenvolvimento da pessoa autista.

A família pode:

  • Procurar apoio profissional especializado e seguir o plano terapêutico;
  • Estimular o aprendizado com brincadeiras, música e rotina estruturada;
  • Promover a inclusão na escola e na comunidade;
  • Participar de grupos de apoio e troca de experiências;
  • Evitar comparações e respeitar o ritmo individual da criança.

Amor, paciência e informação são as maiores ferramentas de apoio.


Por que é importante falar sobre o autismo

Falar sobre o autismo é promover empatia, respeito e inclusão.

Durante muito tempo, o tema foi cercado de tabus e desinformação, o que gerou exclusão e preconceito.

A conscientização ajuda a reduzir o estigma e garantir direitos fundamentais, como o acesso à saúde, educação inclusiva e oportunidades no mercado de trabalho.

Segundo o Ministério da Saúde, a detecção precoce e o tratamento adequado melhoram significativamente a qualidade de vida e o desenvolvimento da pessoa com TEA.


Como apoiar o movimento

Você pode contribuir para um mundo mais inclusivo e empático.

Veja como apoiar o Abril Azul:

  • Espalhe informações corretas sobre o autismo;
  • Participe de eventos e campanhas de conscientização;
  • Promova a inclusão em ambientes escolares e corporativos;
  • Evite rótulos e julgamentos;
  • Escute e acolha as famílias e pessoas autistas;
  • Use o laço azul como símbolo de apoio.

Autismo não se cura, se acolhe! Respeito e empatia transformam o mundo azul.


Mais do que um mês de conscientização, é um convite à empatia e à ação, é um movimento permanente pela aceitação, respeito e valorização das diferenças.