É uma campanha nacional dedicada à conscientização sobre a anemia e a leucemia, duas condições que afetam o sangue e podem comprometer seriamente a saúde se não forem identificadas e tratadas precocemente.

A cor laranja foi escolhida por simbolizar energia, vitalidade e esperança, valores que representam a importância da informação, da prevenção e da solidariedade com quem enfrenta essas doenças.

Durante todo o mês, o movimento busca informar a população sobre os sintomas, as formas de diagnóstico e o tratamento, além de incentivar a doação de medula óssea, que pode salvar vidas.


Como surgiu o movimento

O Junho Laranja surgiu como uma iniciativa de instituições médicas e organizações de saúde para ampliar o conhecimento sobre doenças hematológicas (doenças do sangue), especialmente a anemia, que atinge milhões de brasileiros e a leucemia, um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos.

A campanha se tornou parte do calendário nacional de saúde, com o apoio do Ministério da Saúde e de entidades como o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Fundação Pró-Sangue.

O objetivo é reforçar a importância do diagnóstico precoce e da doação de medula óssea, fundamentais para salvar vidas.


Sinais de alerta: quando procurar um médico

Tanto a anemia quanto a leucemia podem se manifestar com sintomas que, muitas vezes, passam despercebidos no início.

É importante observar o corpo e procurar um médico diante de sinais persistentes, como:

  • Cansaço ou fraqueza constante;
  • Palidez ou falta de cor na pele e mucosas;
  • Tontura e falta de ar;
  • Infecções frequentes;
  • Febre sem causa aparente;
  • Manchas roxas pelo corpo;
  • Sangramentos incomuns (gengiva, nariz ou fezes);
  • Perda de peso e de apetite sem explicação.

Mesmo sintomas leves merecem atenção, especialmente se durarem mais de uma semana.


Exames para o diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é o maior aliado no tratamento da anemia e da leucemia.

Com exames simples e acessíveis, é possível identificar alterações no sangue e iniciar o tratamento rapidamente.

Principais exames:

  • Hemograma completo: analisa a quantidade e a qualidade das células sanguíneas;
  • Dosagem de ferro e ferritina: detecta anemia ferropriva (falta de ferro no sangue);
  • Mielograma: avalia a medula óssea, fundamental no diagnóstico da leucemia;
  • Biópsia de medula óssea: identifica o tipo de leucemia e orienta o tratamento;
  • Exames genéticos e moleculares: ajudam a definir o prognóstico da doença.

Consultar um clínico geral ou hematologista é o primeiro passo para o diagnóstico correto.


O que o paciente e os familiares podem fazer

O tratamento pode ser longo, mas com o acompanhamento adequado, a maioria dos pacientes tem boa resposta e qualidade de vida.

O paciente pode:

  • Seguir as orientações médicas rigorosamente;
  • Manter uma alimentação rica em ferro, ácido fólico e vitamina B12;
  • Evitar automedicação;
  • Realizar os exames de controle conforme recomendação;
  • Buscar apoio psicológico e grupos de pacientes, quando necessário.

A família pode:

  • Oferecer suporte emocional e acompanhar consultas;
  • Incentivar a adesão ao tratamento;
  • Participar de campanhas de doação de sangue e medula óssea;
  • Promover informação e conscientização sobre o tema.

O apoio familiar é um remédio que não se compra, mas que fortalece o tratamento.


Por que é importante falar sobre o tema

A anemia é uma das doenças mais comuns no mundo e pode indicar deficiências nutricionais, infecções ou problemas crônicos. Já a leucemia é o tipo de câncer infantil mais frequente, mas pode afetar pessoas de todas as idades.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra mais de 10 mil novos casos de leucemia por ano, e o diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura.

Além disso, há milhares de pacientes aguardando um transplante de medula óssea, que depende da compatibilidade entre doador e receptor. Por isso, quanto mais doadores cadastrados, maiores são as chances de salvar vidas.


Como apoiar o movimento

Todos podem contribuir com a campanha Junho Laranja e ajudar a espalhar informação e esperança:

  • Doe sangue regularmente;
  • Cadastre-se como doador de medula óssea — o cadastro pode ser feito nos hemocentros;
  • Divulgue informações confiáveis sobre anemia e leucemia;
  • Apoie pacientes e instituições que atuam no tratamento e acolhimento;
  • Use o laço laranja como símbolo de conscientização.

Para ser doador de medula óssea, é simples:

  • Ter entre 18 e 35 anos;
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Fazer o cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).

Ao cuidar da sua saúde e incentivar a doação de medula óssea, você pode mudar o destino de alguém.


Porque quem doa esperança, espalha vida.